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Rescisão Indireta: Quando o Empregador Erra, o Trabalhador Não Precisa Sofrer Calado

Você está insatisfeito com seu trabalho? Está sendo desrespeitado pela empresa? Está com salários atrasados, sofrendo humilhações ou trabalhando em condições ruins? Saiba que você tem direitos — e um deles é sair da empresa sem perder nada.

Muita gente acha que só existe duas formas de sair de um emprego: pedir demissão ou ser mandado embora. Mas existe uma terceira saída, pouco falada, mas extremamente importante: a rescisão indireta.

O que é a rescisão indireta?

A rescisão indireta é quando o empregado pede para sair da empresa, mas com todos os direitos de quem foi mandado embora sem justa causa. Isso acontece quando o patrão comete erros graves e não cumpre o que manda a lei.

Em outras palavras, é como se fosse uma “justa causa ao contrário”. O patrão erra tanto, que o trabalhador não aguenta mais continuar e, por isso, tem o direito de sair — e ainda receber tudo o que tem direito.

Quando isso pode acontecer?

Veja algumas situações que justificam a rescisão indireta:

  • Salários atrasados ou pagos fora do prazo com frequência;
  • Não recolhimento do FGTS;
  • Assédio moral, xingamentos, gritos e humilhações;
  • Mudança de função sem explicação ou rebaixamento de cargo;
  • Exposição a riscos para a saúde sem proteção adequada;
  • Cobrança de metas abusivas ou tratamento desumano;
  • Falta de registro na carteira ou descumprimento do contrato.

Se você está vivendo algo assim, não pense que isso é normal. Não é.

O que o trabalhador recebe ao sair por rescisão indireta?

Se a Justiça reconhecer que houve erro grave da empresa, o trabalhador recebe:

  • Saldo de salário;
  • Férias + 1/3, vencidas e proporcionais;
  • 13º salário proporcional;
  • Aviso prévio indenizado;
  • Multa de 40% do FGTS;
  • Saque do FGTS;
  • Direito ao seguro-desemprego.

Ou seja, tudo o que teria direito se fosse demitido sem justa causa.

Precisa entrar na Justiça?

Sim. A rescisão indireta precisa ser reconhecida por um juiz. Isso porque a empresa, em geral, não vai admitir que errou e não vai liberar os direitos espontaneamente. É por isso que a orientação de um advogado é fundamental.

Por que é tão importante ter um advogado?

Porque ele vai analisar sua situação, reunir as provas corretas, preparar a ação e cuidar de tudo para que você tenha a melhor chance de sair com dignidade e receber o que é seu por direito.

Um erro muito comum é o trabalhador pedir demissão achando que não tem saída. E, ao fazer isso, perde o FGTS, o seguro-desemprego e outros valores importantes. Com o apoio de um advogado, você evita isso e faz tudo do jeito certo.

Você não está sozinho

Se você está sofrendo no seu trabalho, saiba que não precisa aceitar calado. Existem leis que te protegem. A empresa não pode tudo, e você não é obrigado a suportar humilhações, abusos ou desrespeito só para manter um emprego.

Fale com um advogado de sua confiança, conte sua história e veja quais são os caminhos possíveis. O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas é também o mais importante. Buscar seus direitos não é brigar — é se defender.

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Iago Gonçalves Batista

Apaixonado pelos direitos dos empregados

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